TCC - Educação física
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- TCC e Monografias Prontas
- AutorClaudionor Matos
A justificativa e relevância para este estudo está na necessidade de
compreender que o papel da educação física é ser um elemento-chave de um estilo
de vida saudável amplamente reconhecido. A educação física na escola, na
academia, no lar, ou em qualquer lugar que é praticado, enfatiza a saúde e as
atividades de aprendizagem que promovem práticas ao longo da vida, em vez de se
concentrar exclusivamente no desporto.
Porém, é preciso dizer que as evidências científicas demonstram que a
educação física afeta positivamente a aprendizagem e promove a saúde dos que
faze. Assim, mostra-se a extrema relevância do profissional de educação no seu
ensino. Ele responsável em promover essa bem-aventurança para uma sociedade. Há
a necessidade de uma boa formação curricular.
Dentro do contexto acima citado, surge uma pergunta de pesquisa: Quais
são as dificuldades e os desafios enfrentados pelos profissionais de educação
física após a sua graduação? Várias aplicações são amplamente utilizadas pelos
profissionais em campo devido às suas características, ou seja, poder fornecer
informações precisas, aplicadas e constantemente atualizadas.
O objetivo geral desse estudo é apresentar as principais dificuldades e
desafios na atuação do profissional de educação física. E tem como objetivos
específicos: descrever conceitos e contextos relacionados ao tema; compreender
os desafios do ensino de educação física; apresentar a existência da influência
da mídia sobre o profissional de educação física.
A tentativa de estudar um Objeto Cognitivo (AG), como o PA,
leva às teorias da reprodução cultural, às
teorias construtivistas e pós-estruturalistas. Segundo
eles, o prestígio que atribuído a um AG ao qual não está relacionado ao
seu valor intrínseco, mas ao prestígio simbólico que lhe é atribuído por meio
de sua delimitação em relação aos demais objetos da EF, que está intimamente
interdependente do prestígio institucional da certificação atribuída ao
professor e do conhecimento especial que possui (GUARNIERI, 2005).
Tratando-se sobretudo de um trabalho de formação inicial, é
interessante estudar a evolução da instituição educacional em relação à
evolução institucional das instituições de formação de professores de EF, a fim
de compreender as interdependências entre as condições sociopolíticas, que
estruturam cada vez um discurso distinto do corpo, e a forma como
esse discurso são ressignificado na EF e mais geralmente no
processo educacional (COSTA, 2006).
Extraindo ferramentas teóricas das abordagens sociológicas
do discurso, da educação e do corpo de Foucault, Bernstein e Bourdieu
respectivamente, tenta-se então uma análise da relação interacional do corpo e
da educação. O discurso é definido como um conjunto de signos, práticas e
relações, que se projeta como a única verdade, sustentando a capacidade do
poder de aumentar os poderes que subjuga e ao mesmo tempo de melhorar o poder
dos subjugados, através de um nexo de relações materiais, coerções, instituições
e consiste num conjunto de conceitos, concepções, escolhas temáticas comuns e
na formulação comum das conclusões delas decorrentes (CANDAU, 2011).
É estruturado pelas práticas, pelas formas de transformação
dos indivíduos em sujeitos, pelos modos de produção do conhecimento e pelas
relações de poder que lhe são inerentes. Um dos meios políticos dominantes de
manter ou mudar discursos é a educação, que, devido ao conhecimento e ao poder
que possui, pode interpretar as descontinuidades e as condições internas e
externas generalizadas da construção do discurso (COSTA, 2006).
Os elementos estruturais da educação, segundo Barnett (2001),
são o discurso e as práticas pedagógicas. Assim, estuda como suas diferenças
resultam na regulação diferencial de formas de consciência e identidade. Suas
ferramentas básicas nesta análise são o controle, que estrutura as relações
internas das interações pedagógicas, e o poder, que molda as relações entre
essas formas dadas de interação. Assim, a forma como os sistemas de
conhecimento e os processos pedagógicos se tornam parte e diferenciam a consciência
pode ser estudada através da análise das estruturas internas do discurso
pedagógico e das suas lógicas, que fornecem os meios pelos quais as relações de
poder são transmitidas (COSTA, 2006).
O discurso pedagógico, segundo Barnett (2001), inclui dois
subdiscursos: o discurso regulatório, que se refere às regras da ordem social,
e o discurso didático, que se refere às regras de organização dos conteúdos
cognitivos. O discurso didático está sempre alicerçado no discurso regulador,
que é o dominante. Mudanças no discurso regulador ou didático interpretam as
maneiras pelas quais formas diferenciadas de organização social estão
associadas a formas diferenciadas de controle simbólico e processos de construção
de consciência/pensamento.
A aceitação da posição de que o discurso está inscrito no
corpo torna evidente a sua importância nos campos do controle simbólico.
Bourdieu, desenvolvendo o conceito de habitus, atribui particular
importância ao corpo ao demonstrar que este não está apenas contido no mundo
social, mas também que o corpo contém o mundo social. O habitus é a "internalização
das estruturas externas”, a corporeização das estruturas sociais pelos
indivíduos.
A aquisição do habitus é o principal trabalho da
educação, por meio do qual se cultivam regras morais e se proporciona o
conhecimento, que então se instala no corpo criando sua fala. Como também
observa Foucault (1991 apud Falk e Kilpatrick, 2000), o poder ao inscrever
diretamente competências no corpo constitui o indivíduo sempre explorando
discursos e formas de corpo que ele impõe.
Ao mesmo tempo, o poder, uma vez investido no corpo, fica
exposto ao ataque do próprio corpo. Assim, a linguagem do corpo não evolui
linearmente, mas através de conflitos e transformações, funcionando
simultaneamente como fator de mudanças sociais e cognitivas. Este ponto de
vista sugere que, ao estudar as mudanças no discurso que os professores de EF
são normalmente chamados a integrar e reproduzir, deve-se olhar para as
variações no discurso regulador e didático, e o lugar onde aparecem práticas e
significados diferenciados do mesmo (COSTA, 2006).
A aprendizagem deve ser o
objetivo da Educação Física (EF), tal como o é de toda a educação. A educação
física não se trata apenas de aprender jogos ou esportes, ficar em forma ou
praticar o mínimo de atividade física possível durante as aulas; o foco de
todos os itens acima deve ser na aprendizagem proposital/significativa.
Dependendo do contexto cultural e local, esta aprendizagem inclui objetivos nos
domínios psicomotor, cognitivo, social e emocional. Estes objetivos podem ser
alcançados através da disponibilização de conteúdos em diferentes formatos,
como por exemplo desportos e jogos, dança, fitness e/ou atividades ao ar livre
ou uma combinação destes (BENTO, 2015).
A avaliação em EF deve refletir
os diferentes domínios e conteúdos. A aprendizagem significativa é alcançada
através de um ensino que reflete uma correspondência entre os resultados de
aprendizagem pretendidos, avaliações que fornecem provas do progresso do aluno
em direcção a esses resultados e práticas de ensino utilizadas para facilitar o
sucesso do aluno (COSTA, 2006).
Por outras palavras, um ensino
eficaz deve demonstrar uma correspondência entre o que os alunos pretendem
saber e ser capazes de fazer, as oportunidades que recebem para praticar e
aprender e como avaliam o seu progresso na aprendizagem. Por sua vez, isso
promove uma aprendizagem mais valiosa e significativa para os alunos. A relação
entre os três componentes da correspondência instrucional é recíproca (COSTA,
2006).
Ayoub (2011), em suas pesquisas, argumenta que
praticar atividade física aeróbica, de fortalecimento muscular e de
fortalecimento ósseo de nível pelo menos moderadamente intenso pode retardar a
perda de densidade óssea que vem com a idade; diabetes tipo 2 e síndrome
metabólica - uma condição na qual se apresenta alguma combinação de excesso de
gordura na cintura, pressão alta, colesterol HDL baixo, triglicerídeos elevados
ou açúcar elevado no sangue.
A pesquisa indica que taxas mais baixas dessas condições
são observadas com 120 a 150 minutos por semana de atividade aeróbica de
intensidade pelo menos moderada. A atividade física minimiza as taxas de
obesidade entre crianças que frequentam a pré-escola. Bailey (2006) indica que
os resultados da PES podem ser entendidos em termos do desenvolvimento das
crianças em cinco domínios: físico, estilo de vida, social, desenvolvimento
afetivo e cognitivo.
Segundo Bailey (2006), a escola é a instituição social para
o crescimento das habilidades físicas e a oferta de atividade física em
crianças e jovens. A atividade física regular está associada ao
enriquecimento da redução do risco de uma variedade de doenças. As
evidências observadas por Bailey (2006) sugerem uma correlação entre programas
físicos e outros fatores relacionados à saúde, como diabetes e pressão
arterial.
2.1.2 Desenvolvimento de estilo de vida
Bailey (2006) propõe que vários fatores potencializam o
desenvolvimento da atividade física como constituinte de um padrão de vida
saudável. As evidências sugerem que os hábitos relacionados com a saúde
adquiridos na infância são mantidos na maturidade. A eficácia da
influência do PES na atividade física e na saúde é maior quando os programas de
EF fundem o estudo em sala de aula com a atividade, quando os alunos têm
liberdade para determinar o seu curso de ação em EF (BAILEY, 2006).
Segundo as evidências, a atividade regular pode ter um
efeito útil sobre o bem-estar emocional das crianças e dos jovens. No que
diz respeito à autoconfiança das crianças, as evidências são
fortes. Outros benefícios da atividade regular que foram
citados
incluem; redução do estresse, ansiedade e depressão. Observou-se que
a autoestima é afetada pela percepção de sucesso de um indivíduo e pelo
crescente interesse na relação entre PES e alunos, atitude geral em relação à
escola (COSTA, 2006).
De acordo com Bailey (2006), a ideia de que o PES afeta
positivamente o crescimento social e o carácter pró-social das pessoas remonta
a muitos anos. O ambiente da Educação Física e Desporto (PES) é
considerado uma situação excitante, uma vez que ocorrem principalmente relações
sociais naturais e não naturais e porque a natureza pública dos alunos torna
evidentes tanto os bons como os maus hábitos sociais. Numerosos estudos
ilustraram que o crescimento de hábitos pró-sociais pode até combater distúrbios
antissociais e juvenis.
2.1.5 Desenvolvimento cognitivo
Bailey (2006) observou que, segundo os investigadores, a
Educação Física e o Desporto (PES) melhoram o desempenho académico, aumentando
o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando o humor, aumentando o estado de
alerta mental e melhorando a autoestima. Um estudo de caso anterior
realizado em França no início da década de 1950, baseado na relação entre o PES
e o desempenho geral da escola, mostrou que se o tempo do currículo académico
for reduzido em 26% e substituído pelo PES, os resultados académicos melhoram,
ocorrem menos problemas disciplinares e a taxa a evasão escolar entre os alunos
é reduzida.
Bracht (2000) escreve que a EF precisa ser encarada com a
mesma perspectiva que qualquer outra disciplina. Enfatiza que a EF tem o
potencial de melhorar a vida dos alunos através de experiências desportivas,
desenvolvendo as suas competências e identificando estudantes com talentos
possivelmente ocultos ou que precisam de mais apoio. Ainda afirma que a EF
permite aos alunos melhorar as competências socioafetivas e oferece
oportunidades de trabalho em equipe.
Na Cimeira Mundial sobre EF (1999), investigadores
internacionais destacaram evidências de estudos de caso relativas aos
benefícios da EF em todo o mundo e aos seus benefícios para a saúde das
crianças. Alguns desses benefícios são; melhorar a autoestima e
reduzir hábitos de risco; redução das chances de atividade sexual precoce
entre meninas e adolescentes, atitudes negativas em relação à escola e taxa de
abandono escolar; dando conhecimento do pensamento crítico abstrato e
prevenindo lesões perigosas à saúde.
Kirui e Too (2012) cimentam ainda mais os grandes
benefícios derivados da Educação Física. Para além dos benefícios acima
mencionados, há a melhoria da escola, o incentivo a atitudes de justiça, o
respeito pelos outros e a valorização da unidade na diversidade. De acordo
com o Instituto de Desenvolvimento Curricular da OMS, a Educação Física permite
que os alunos aprendam novas competências, adquiram conhecimentos e desenvolvam
atitudes positivas através do movimento.
Através da EF, os alunos desenvolvem habilidades físicas e
neuromusculares e realizam movimentos hábeis e eficientes através da
coordenação física e mental. Além disso, através da EF, os alunos utilizam
o movimento como meio de expressão e participam no desenvolvimento tanto
nacional; e dança esportiva internacional para preservação de culturas
próprias e de outras culturas (COSTA, 2006).
De acordo com Gettman (1996 apud Falk e Kilpatrick, 2000),
a relação benefício/custo é o parâmetro mais utilizado para avaliar os
benefícios económicos dos programas de atividade física. Argumenta que o
programa físico faz parte do estilo de vida saudável, que também pode incluir
avaliação de perigos para a saúde e planos de modificação de hábitos para
nutrição e controle da obesidade, controle do estresse, cessação do tabagismo e
controle da hipertensão.
Alguns estudos baseados em relações custo-benefício
defendem que programas amplos de apoio à saúde são efetivamente vantajosos e,
portanto, os méritos do apoio à saúde superam os custos do programa. De acordo
com o documento apresentado pelo Conselho Internacional de Ciências do Desporto
e Educação Física americano, alguns governos nacionais eliminaram a EF do
currículo ou reduziram a alocação de tempo curricular (COSTA, 2006).
2.1.6 O processo de ensino de EF
O processo de ensino e
aprendizagem abrange aspectos de planejamento de aulas, preparação inicial,
entrega e desenvolvimento de aulas de avaliação, bem como feedback dos
professores em que os alunos são alunos ativos, com os professores como
facilitadores que trabalham como planejadores, controladores, mentores,
motivadores, e avaliadores. O conhecimento e as competências dos professores na
implementação de estratégias de ensino e aprendizagem são necessários para
garantir que a aprendizagem seja mais divertida e adequada às necessidades dos
alunos de diversas origens e capacidades pessoais (BROCK e SCHWARTZMAN, 2004).
Portanto, a eficácia do ensino
depende do nível de conhecimento do professor e da competência. O nível de
competência dos professores é influenciado por antecedentes como as
qualificações e a experiência dos professores no ensino de Educação Física. A
competência dos professores pode ser avaliada com base na sua criatividade e
eficiência no planeamento de estratégias de ensino, escolhendo abordagens e
técnicas adequadas ao nível de diversidade de inteligência dos alunos para
criar um ambiente de aprendizagem divertido. Professores competentes serão
capazes de controlar a disciplina e motivar os alunos através de métodos positivos
para continuarem a aprender e dominar uma habilidade (COSTA, 2006).
A experiência dos professores
também influencia a eficácia da implementação do ensino da Educação Física. Os
novos professores são geralmente menos experientes e menos confiantes para planejar
estratégias, escolher abordagens e modificar seu ensino de acordo com o nível
de habilidade dos alunos em comparação com professores de Educação Física
experientes que apresentam vantagens em termos de conhecimentos, habilidades e
organização de aulas. No entanto, os professores ganharão experiência quando
interagirem com o ambiente escolar e o mundo real do ensino (TARDIF, 2011).
Os professores de Educação
Física precisam ter a capacidade de dominar bem o conteúdo da aula, ser capazes
de avaliar os pontos fortes e fracos dos alunos e então dar feedbackpositivo aos alunos durante o ensino de uma habilidade. Além disso, os
professores estimulam os alunos no processo de ensino e aprendizagem através da
aplicação de competências para comunicar, colaborar, resolver problemas,
analisar, conceituar, refletir, inovar e criar algo novo. Portanto, o aspecto
da criatividade do professor é muito importante (TARDIF, 2011).
Como resultado das mudanças
atuais, os professores de Educação Física devem estar mais conscientes de como
planear novas abordagens para implementar o ensino e a aprendizagem na sala de
aula, em linha com os desejos do Ministério da Educação da Malásia, que
recomenda que os professores usem a criatividade e a inovação para criar um
ambiente de aprendizagem. É eficiente, interessante e agradável. Ou seja, o
papel do professor hoje passou de fonte de conhecimento para planejador e
facilitador no ensino e na aprendizagem, além de agente de mudança e fonte de
inspiração para os alunos (COSTA, 2006).
Uma vez determinado o que os
alunos devem alcançar (resultados), deve ser determinado como eles podem
demonstrar sucesso. Toda aprendizagem não pode e não deve ser demonstrada da
mesma forma. A avaliação de uma variedade de resultados de aprendizagem em
diferentes domínios requer uma variedade de métodos de avaliação apropriados.
Cabe ao professor (em consulta com os alunos, quando apropriado) fornecer
oportunidades apropriadas para que os alunos demonstrem o seu sucesso,
conhecimento, capacidade e nível de desempenho (SOARES, 1992).
Se a avaliação pretende orientar
e apoiar o processo de aprendizagem, os professores devem interagir com os
jovens para determinar os tipos de desafios que teriam o maior valor educativo
para eles ou para determinar como os resultados da avaliação poderão informar
os alunos sobre os seus pontos fortes e áreas. que precisam de melhorias
(SILVA, 2016).
A terminologia e as definições utilizadas na literatura de
avaliação variam. Termos mais comumente usados, como avaliação sumativa e
formativa, ou avaliação para a aprendizagem, e
– da aprendizagem, foram interpretados de forma diferente por
diferentes autores e podem se sobrepor parcialmente em suas descrições (WARD e
DOUTIS, 2016).
Uma atividade de avaliação em si não é para ou sobre
aprendizagem. Isso depende de como e quando é usado. Isto também mostra que uma
avaliação pode ser a favor ou para a aprendizagem em graus variados. Portanto,
em vez de fornecer definições individuais, lista-se abaixo uma série de
características que identificam posições opostas no espectro da avaliação, Tabela
1, com base na literatura relacionada com a avaliação (COSTA, 2006).
Tabela 1 – Avaliação de aprendizagem.
Recurso
|
Avaliação da Aprendizagem
|
Avaliação para Aprendizagem
|
Alvo
|
Decisões sobre
desempenho (nível, nota, aprovação/reprovação, etc.).
|
Decisões sobre o próximo
passo no processo de aprendizagem, para apoiar a aprendizagem do aluno.
|
Conteúdo informativo
|
Comentários de baixa
qualidade (por exemplo, nota).
|
Feedback
de alta qualidade.
|
Tempo
|
No final da unidade de
treinamento.
|
Integrado ao processo de
aprendizagem.
|
Envolvimento e autodireção dos alunos
|
Geralmente baixo.
|
Alto.
|
Fonte:
Silva, 2016.
A integração da avaliação no
processo de aprendizagem deve seguir os princípios de fornecer feedbackantes, durante e depois. Estes princípios abordam diferentes questões que são
importantes para a recolha de informações relevantes para apoiar o percurso de
aprendizagem de cada aluno (Tardif, 2011):
- Antes (Feed-up): para onde vai o aluno?
- Durante (Feedback): onde está o aluno agora?
- Depois (Feedforward): quais devem ser os próximos passos?
Idealmente, tanto os professores
como os alunos devem estar ativamente envolvidos em estratégias que forneçam
respostas a estas questões. O objetivo final é que os alunos se tornem
independentes e auto-regulados na sua aprendizagem. Avaliação para Aprendizagem
(LAL) servem propósitos diferentes e não são mutuamente exclusivos. No entanto,
uma vez que é fundamental para focar a aprendizagem e atingir objetivos, a
aprendizagem intencional em EF deve sempre incluir (aspectos da) questionamentos
(SILVA, 2016).
A Avaliação da Aprendizagem pode
ser usada para traçar o progresso do aluno ou para avaliar a eficácia dos
currículos e do ensino. Isto pode ajudar a legitimar a área temática no sistema
educativo e na sociedade como um todo. No mínimo, os alunos devem conhecer e
compreender os resultados da aprendizagem e os critérios de qualidade no início
do processo de aprendizagem (ou seja, transparência da avaliação). Contudo,
para alcançar as melhores experiências de aprendizagem possíveis, os alunos
devem estar ativamente envolvidos no processo de avaliação, por exemplo (Silva,
2016):
- Determinar prioridades de aprendizagem;
- Ao escolher quando e como demonstrar seu progresso de
aprendizagem;
- Ao participar na criação de atividades e/ou critérios de
avaliação;
- Aplicando auto e heteroavaliação;
- Envolver-se em diálogo com professores e colegas sobre a
avaliação e seus resultados; e
- Ao fazer atividades reflexivas.
Cabe ao professor de EF
considerar a viabilidade e adequação dessas estratégias dependendo das
necessidades, habilidades dos alunos e outros aspectos do contexto. A
participação ativa no processo de avaliação pode permitir que os alunos tenham
um maior sentido de autonomia e propriedade da sua aprendizagem. Isso ajuda os
alunos a se tornarem alunos independentes e os motiva a participar de educação
física e de atividades físicas ao longo da vida (WARD e DOUTIS, 2016).
É necessário desenvolver mais
ferramentas, meios de comunicação e exemplos para ajudar a aplicar a moderna
teoria da avaliação à prática quotidiana. Os professores de EF são incentivados
a partilhar boas práticas, pois isso pode acelerar a adoção de abordagens de
avaliação inovadoras (COSTA, 2006).
2.2 O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS NAS AULAS DE EF
O envolvimento dos alunos na aprendizagem de atividades
físicas na escola ainda é baixo. A educação física, especialmente nas escolas
secundárias, vive uma instabilidade, que é menos popular entre os estudantes.
Tal como na escola primária, um estudo afirma que as atitudes e a aceitação
estão a tornar-se cada vez menos satisfatórias. Consideram esse assunto sem
importância e sempre procuram desculpas para não se envolverem nas atividades
(UNESCO, 2008).
Num outro estudo realizado em 2000 escolas primárias, os
alunos encontraram o nível de envolvimento em atividade física em níveis
moderados e fracos. Este nível de literacia em atividade física ilustra que os
alunos das escolas primárias ainda não alcançaram as aspirações da Filosofia
Educacional Nacional que quer um ser humano perfeito em termos físicos,
emocionais, espirituais e intelectuais (COSTA, 2006).
Além disso, a questão de os alunos não usarem roupas
esportivas durante as aulas de Educação Física ainda perdura até hoje. As
conclusões de um estudo realizado revelaram que 67 por cento dos professores
pensavam que a maioria dos alunos não queria usar roupas desportivas durante as
aulas de Educação Física. Outro estudo realizado por Surat e Abu Bakar (2015)
com 122 estudantes do ensino secundário também descobriu que as mulheres
entrevistadas tiveram dificuldade em vestir roupas desportivas porque a falta
de balneários foi ainda usada como desculpa para não frequentar a Educação
Física. Tal situação tem causado frustração entre os professores que lecionam a
disciplina de Educação Física.
O uso excessivo de eletrônicos substituiu momentos de meditação
que deveriam ser ocupados por atividades de lazer, talvez aumentando o
comportamento sedentário. Isto está de acordo com pesquisas internacionais que
mostram que as crianças do século XXI passam mais tempo com dispositivos do que
praticando atividades físicas e, como resultado, prevê-se que a obesidade
aumente (COSTA, 2006).
Simultaneamente, os estudantes escolares estão agora sob
forte pressão para se destacarem academicamente. Esta pressão vem do próprio
sistema educativo; Bolarinwa (2020) explica que o padrão de atividade escolar é
tão forte que prioriza o desempenho acadêmico. Aparentemente, existem certas
escolas que consideram as disciplinas de Educação Física menos importantes e
utilizam o tempo de Educação Física para ministrar disciplinas de exame. Isto
ocorre porque os administradores ou gestores escolares geralmente priorizam o
desempenho acadêmico.
2.3 CONCEITOS E CONTEXTOS DA
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Educação física é o estudo,
prática e apreciação da arte e ciência do movimento humano. Embora o movimento
seja inato e essencial ao crescimento e desenvolvimento de um indivíduo, é
papel da educação física fornecer atividades instrucionais que não apenas
promovam o desenvolvimento e a proficiência de habilidades, mas também melhorem
a saúde geral do indivíduo. A educação física não apenas cumpre um papel único
na educação, mas também é parte integrante do processo escolar (SANTOS JUNIOR,
2007).
A evolução da educação física,
juntamente com outras profissões educacionais, refletiu mudanças contemporâneas
na sociedade. Durante o início do século XX, até a década de 1950, houve um
crescimento constante da educação física nas escolas públicas. Durante o início
da década de 1920, muitos estados aprovaram legislação exigindo educação
física. No entanto, mudanças na ênfase curricular eram evidentes quando
ocorreram guerras e quando os resultados dos relatórios nacionais foram
publicados (UNESCO, 2008).
A inclusão do profissional de
educação física em questões relacionadas à saúde, mesmo contribuindo em equipes
multidisciplinares, como ocorre nos Centros de Apoio à Saúde da Família (NASF),
exige responsabilidade e qualificação do profissional para prestar um serviço
de reabilitação preventiva, protetora e sanitária, papel que também pode ser
desempenhado pelo professor de educação física escolar. Isso traz a necessidade
de avaliação do conhecimento relacionado à saúde necessário para o exame (VITKOVA et al., 2013).
Portanto, o treinamento teórico
e prático, principalmente as habilidades e atitudes é considerado um dos
segmentos que contribuem para a excelência na profissão. Nesse sentido, não
apenas o esforço do aluno, mas também a qualidade do ensino de educação física
têm suas influências (VITKOVA et al., 2013).
2.4 DESAFIOS DO ENSINO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Trabalhadores da área educacional, em geral, e professores
de educação física, em particular, enfrentam muitos problemas, que variam de
acordo com as diferenças dos fatores que os causam. Esses fatores estão
relacionados ao estresse, colocando-os diante de amplas responsabilidades e
desafios que precisam ser enfrentados (MARLENE et al., 2006).
A escola é uma das instituições educacionais mais
importantes que alcançam crescimento integrado para os indivíduos em todos os
aspectos físicos, psicológicos, mentais, sociais e de saúde; devido aos
diferentes e diversos programas cognitivos e habilidosos fornecidos pela
escola, para que o indivíduo possa se adaptar ao ambiente ao redor para
alcançar os objetivos da família e da comunidade.
Além disso, a escola é a primeira fonte de todos os
talentos científicos, físicos e culturais. Representa o primeiro ponto a partir
do qual o aluno começa a ter perspectivas cada vez maiores. É um sistema
educacional que refina os poderes mentais e intelectuais do indivíduo, controla
suas características emocionais e psicológicas, ajusta as atitudes e tendências
da infância e orienta suas motivações primárias com os princípios e valores
sociais aceitáveis (MARLENE et al., 2006). O pesquisador Vitková et al. (2013)
argumenta que:
A
escola é a primeira academia das estrelas, que descobre os talentos dos atletas
desde tenra idade. Através da escola, todo jovem pode praticar seus hobbiesfísicos em ambientes saudáveis e sadios. Portanto, as atividades esportivas
se tornam um componente fundamental na formação da personalidade integrada do
indivíduo, bem como na modificação dos comportamentos defeituosos para atingir
os níveis mais altos, pois é a estrutura básica do movimento esportivo (VITKOVA
et al., 2013, p.19).
As atividades esportivas nas escolas são consideradas a
espinha dorsal na educação e cultivo dos alunos por meio de várias atividades
culturais e recreativas. Essas atividades esportivas incentivam o investimento
no lazer, apreciando a responsabilidade, respeitando a si e aos outros e
desenvolvendo a capacidade de tomar a decisão certa. O esporte escolar é um
sistema educacional e econômico que bombeia quadros dos jovens para o esporte
competitivo e a abertura ao mercado internacional (BROCK, 2004).
A educação física é um dos aspectos importantes dos
processos educacionais e de ensino, especialmente na era atual, em que são
estabelecidos altos valores para a atividade física, pois tem muitos efeitos
positivos sobre o indivíduo. Em muitos países, o ensino da educação física
enfrenta vários desafios e dificuldades, como diminuição do tempo de ensino,
currículo, escassez de equipamentos, visão negativa dos professores, além de
alunos e responsáveis sobre educação física.
O Professor de Educação Física (PEF) é um dos membros de
destaque da escola, que influencia o desenvolvimento das personalidades dos
alunos e apoia seus altos valores. O papel do PEF consiste em combinar as
tendências e habilidades dos alunos com as habilidades da escola para
desempenhar as funções educacionais na estrutura esportiva.
Isso só poderia ser alcançado superando todas as barreiras
e dificuldades que impedem a consecução dos objetivos aspirados que ele / ela
procura alcançar. Os PEFs no Brasil enfrentam muitas dificuldades devido aos
desafios que a própria educação escolar está enfrentando, como escassez de
recursos e habilidades, salas de aula superlotadas e escassez na estrutura
curricular, organizacional e executiva (BROCK, 2004).
2.5 O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FORMAÇÃO
E SUCESSO DO CURSO
Assim como os alunos aprendem todos os dias, progridem e
evoluem, o mesmo ocorre com as habilidades de ensino dos professores. A
eficácia do professor, entre outras coisas, depende principalmente de quanto
ele tenta melhorar. Na literatura defende-se que o professor de sucesso
deve ter (Silva, 2016):
·
Interesse no sucesso pessoal e no avanço pessoal; e
·
Interesse para estudantes.
As características pessoais que influenciam a eficácia do
curso são apresentadas Silva (2016):
- Demonstra interesse pelos alunos;
- É honesto;
- Ele está entusiasmado;
- Tem senso de humor;
- Ele é gentil;
- Ele é um bom orador;
- Ele tem confiança;
- Maximiza a participação;
- Ele ensina com objetivos;
- Ele verifica se o que ensina foi compreendido;
- Há uma continuidade nas aulas;
- Ele está aberto a perguntas;
- Controla a classe;
- Avalia com base em objetivos;
- Usa uma variedade de técnicas de avaliação;
- Usa avaliação para fornecer feedback; e
- Ele é justo e imparcial.
Neste ponto deve ser enfatizado que as características
associadas a um ensino eficaz dizem respeito principalmente
às competências que o professor pode aprender. Não se deve
considerar essas características como um sinal de capacidade de quem as possui
ou não, mas como possibilidades de aprimoramento pessoal. O
desenvolvimento profissional vem com o passar dos anos e com a experiência
adquirida pelo professor (COSTA, 2006).
Mas definir competências pessoais que comprovadamente
contribuem para a eficácia do curso pode ajudar a acelerar esse
amadurecimento. O desenvolvimento de competências pedagógicas pode, por si
só, ser um poderoso motivador para os professores. Muitas pesquisas
mostram que os professores consideram ver os resultados dos seus esforços para
motivar e aprender os seus alunos como um elemento principal da satisfação no
trabalho. Muitos professores afirmam que o prazer decorrente
da realização do acima exposto é a recompensa mais importante do seu trabalho
(GOKTAS, 2015).
Os objetivos da Educação Física são multifacetados e
destacam tanto a riqueza quanto as possibilidades do curso. Ao mesmo
tempo, porém, também surgem dificuldades. Pode ser difícil atingir todos
os objetivos com as horas disponíveis por semana e com a infraestrutura
logística existente. De acordo com o Programa Analítico, a ênfase deve ser
dada, prioritariamente, ao ensino das habilidades motoras relacionadas às
diversas modalidades esportivas no Ensino Médio, visando (Goktas, 2015):
a) Treinamento
físico - educação que se dá pela melhoria do comportamento motor dos alunos;
b) A
promoção indireta das capacidades físicas e da saúde através da participação
dos alunos nas diversas modalidades desportivas; e
c) A maior
possibilidade dada pelas diversas modalidades e sobretudo desportivas para a
concretização de objetivos emocionais e cognitivos.
A tendência moderna na concepção de Programas Analíticos é
definir objetivos de aprendizagem claros ou resultados de aprendizagem
pretendidos. Pelo termo resultado de aprendizagem entende-se uma
declaração que especifica a mudança que será alcançada através da instrução -
uma declaração que define claramente o comportamento que o aluno será capaz de
demonstrar após o final do programa. Normalmente define-se objetivos de
aprendizagem em três áreas: a) a física (psicomotora), b) a emocional e c) a
cognitiva. A formação do Programa Analítico com base nos resultados de
aprendizagem apresenta diversas vantagens (Louis e Marks, 2008):
·
Está claro o que exatamente se busca com o programa;
·
Esta configuração dá uma estrutura, mas ao mesmo tempo uma
grande margem para o professor desenvolver o conteúdo e o método de ensino; e
·
É determinado antecipadamente o que será avaliado.
Neste ponto, convém sublinhar que os objetivos que estabelecem
não são vinculativos, mas sim indicativos. A escolha da ênfase e a
definição dos objetivos de aprendizagem devem ser moldadas pelo professor de
Educação Física. Globalmente, porém, e numa base anual, deve ser dada
maior ênfase aos objetivos físico-psicomotores, depois aos emocionais e,
finalmente, aos cognitivos (LEVY, 2006).
A configuração final de um curso de Educação Física reflete
a visão geral que tem do papel da Educação Física, ou seja, responde à pergunta
"o que queremos alcançar com o curso?”. As disciplinas determinadas pelo
Programa Analítico podem ser ministradas com um objetivo diferente a cada vez
(e isso, claro, implica diferenças correspondentes na forma de
ensinar). Assim, por exemplo, uma aula de basquetebol pode ser concebida
com o objetivo principal de aprender e fortalecer uma habilidade específica de
basquetebol (por exemplo, driblar), mas também pode ser concebida de tal forma
que o objetivo principal seja desenvolver a cooperação entre os alunos (COSTA,
2006).
A maioria dos professores de Educação Física molda suas
aulas com o objetivo de desenvolver habilidades motoras relacionadas ao
esporte. O Programa afirma claramente que, particularmente no Ensino
Médio, a proficiência nas habilidades motoras do esporte deve ser o objetivo
prioritário. Embora, como descrevem, existem muitas outras opções, a
ênfase no ensino de habilidades motoras relacionadas ao esporte deveria ser uma
escolha central. Quando a instrução se concentra no aprendizado de habilidades
motoras, o tempo de prática deve ser maximizado (LOUIS e MARKS, 2008).
Para o ensino das habilidades básicas dos esportes
coletivos, geralmente são seguidos os seguintes passos, indicativos do método
de ensino tradicional, onde a ênfase é colocada no ensino das habilidades
motoras: a) ensina-se a técnica correta de uma habilidade b) são realizados
exercícios simples para a aplicação desta habilidade e a técnica é corrigida c)
são feitos 2 - 2 ou 3 - 3 exercícios para introduzir a aplicação das
habilidades básicas) o esporte coletivo é praticado em seu pleno
desenvolvimento solicitando o os alunos apliquem a habilidade corretamente (COSTA,
2006).
Este processo é desvantajoso nas últimas etapas, pois é
particularmente difícil para os alunos transferirem o indivíduo, em condições
de jogo. Isto acontece porque: a) os desportos coletivos são
particularmente complexos e exigentes, o que faz com que os alunos não consigam
concentrar facilmente a sua atenção na aplicação correta de uma habilidade b)
cada aluno, a qualquer momento durante o jogo, é chamado a usar muitas
habilidades diferentes e c) o professor não consegue concentrar seu feedback em
uma ou duas habilidades (HALL e MUIJS, 2016).
Na Educação Física muitos estão interessados em ensinar
habilidades motoras específicas, mas também na compreensão global do
jogo. Para tanto, pode ser utilizada uma abordagem diferente para o ensino
de esportes para crianças. Essa abordagem tem vários nomes, mas os mais
difundidos são: "ensinar jogos para a compreensão” ou "abordagem tática para o
ensino de esportes para crianças” (abordagem tática no ensino de jogos) (HALL e
MUIJS, 2016).
O objetivo desta abordagem é que os alunos compreendam a
estrutura do esporte para que possam usar habilidades individuais de forma adequada, tomando
decisões corretas durante o jogo. Para atingir o objetivo nesta abordagem: a)
são aplicadas formas de jogo modificadas e b) é utilizado o método de ensino da
descoberta guiada (COSTA, 2006).
2.5.1 Ênfase no exercício ao longo da vida para a saúde
Muitos programas modernos de Educação Física concentram-se
no exercício como meio de melhorar e promover a saúde. Neste contexto, as
aulas são organizadas de forma a cultivar atitudes positivas face ao exercício
e a oferecer conhecimentos e experiências que incentivem os alunos a continuar
a praticar desporto mesmo depois de concluírem a escola (FALK e
KILPATRICK, 2000).
Num programa que busca vincular o exercício à saúde,
deve-se buscar a participação de todos os alunos em qualquer
forma de exercício, tanto durante a escola, mas principalmente após a
formatura e por toda a vida, para que seja afetada sua saúde física e
mental. Para que a Educação Física influencie o comportamento dos
estudantes após a formatura, ela deve estar relacionada à promoção da saúde por
meio da prática de exercícios e ao aproveitamento do tempo livre novamente por
meio da prática de exercícios. Isto inclui dois subobjetivos: a) os alunos
compreenderem como o exercício pode ajudar a promover a sua saúde e b) os
alunos aprenderem como fazer exercício adequadamente e como aproveitar as
oportunidades que lhes são dadas para praticar exercício fora da escola (FALK e
KILPATRICK, 2000).
A ligação entre exercício e saúde deve ser buscada. É
reconhecida a contribuição do exercício para diversos problemas de saúde do
homem moderno, tanto biologicamente-física quanto psicobiologicamente. O
exercício aeróbico regular pode reduzir pela metade as chances de desenvolver
doenças cardiovasculares, que é uma das causas mais comuns de prematuros (COSTA,
2006).
Além disso, uma forma adequada de exercício sistemático
pode contribuir eficazmente para o controlo do peso corporal, para a redução da
hipertensão, para a prevenção da osteoporose e da diabetes. O exercício também
pode contribuir decisivamente para a saúde psicológica dos indivíduos, pois
contribui para a redução da ansiedade básica e dos sintomas de depressão. O
exercício sistemático está associado à redução dos sintomas de ansiedade
ocasional e à melhoria do humor (LOUIS e MARKS, 2008).
Assim, o objetivo do exercício ao longo da vida é
consistente com os objetivos das organizações internacionais e nacionais do
sector da saúde. Por exemplo, entre os objetivos da Organização Mundial da
Saúde (OMS) está o aumento significativo em todos os países membros de
comportamentos que promovam a saúde, como uma alimentação equilibrada, a
abstinência de fumar, a prática de exercício físico adequado e o combate ao
stress. Da mesma forma, o Colégio Americano de Medicina Esportiva enfatiza
(Medina, 2010):
Os programas
de educação física escolar são uma parte importante do processo educacional
geral e devem enfatizar o desenvolvimento e a manutenção da participação em
programas de exercícios ao longo da vida e fornecer instruções sobre o
desenvolvimento e manter a condição física ideal.
Ao incorporar tais objetivos, a Educação Física pode
contribuir efetivamente para a promoção da saúde pública e da qualidade de vida
dos cidadãos. Os alunos devem ter como objetivo formar atitudes em relação
ao exercício que os motivem a praticar exercício sistemático ao longo da vida,
a adquirir conhecimentos sobre como devem exercitar-se, bem como a desenvolver
competências e ideias sobre como conseguirão exercer (MEDINA, 2010).
Para que um programa de Educação Física seja eficaz na
orientação dos alunos para o objetivo de exercícios para a saúde ao longo da
vida, deve influenciá-los adequadamente nas seguintes quatro áreas (Silins,
2012):
a)
compreender as razões pelas quais a participação sistemática em atividades físicas
é importante para a sua saúde física e mental;
b) aprender
como podem exercitar-se por conta própria de forma eficaz e segura com o
objetivo de promover a sua saúde;
c) ser
capazes de integrar e manter um programa de atividade física na sua vida
quotidiana em conjunto com as suas outras atividades; e
d)
desfrutar de atividade física em qualquer forma, que pode ser, por
ex. desportos coletivos, exercício individual, dança ou desportos de
aventura de forma a procurar a continuação e envolvimento contínuo com esta
atividade.
Ao conceber aulas que visam associar o exercício à saúde,
as competências que precisamos de ensinar não são apenas capacidades
motoras. Os alunos também devem aprender habilidades que os ajudarão a
adotar um programa de exercícios. Essas competências são (Silins, 2012):
a) ser
capaz de avaliar o seu nível de condição física ou planear um programa de
exercícios para si próprio; e
b) ser
capaz de avaliar onde os desportos se enquadram nesse programa. Os programas
de Educação Física que visam a prática de exercícios físicos ao longo da vida
para a saúde utilizam o esporte como um dos meios de promoção da atividade
física.
Para o mesmo fim, porém, utilizam qualquer forma de
exercício como caminhada, corrida, pular corda e atividades ao ar livre. O
desporto é uma das ferramentas com as quais podemos alcançar o
desenvolvimento de competências, que ajudarão o aluno a alcançar uma boa
condição física para a sua saúde (COSTA, 2006).
O estabelecimento correto de metas é considerado uma
habilidade central para a melhoria do desempenho e também para o
desenvolvimento pessoal. A teoria psicológica argumenta que o
estabelecimento de metas contribui para melhorar o desempenho porque: a) a
atenção está focada no importante b) o esforço aumenta c) a persistência
aumenta e d) novas estratégias de aprendizagem são desenvolvidas.
Para que as metas sejam funcionais e eficazes, elas devem
ser formuladas com base nos três princípios a seguir (Oliveira, 2008):
1.
As metas
devem ser específicas e mensuráveis. Metas específicas são mais eficazes porque
direcionam precisamente o comportamento. As metas devem ser mensuráveis
e referir-se a um período de tempo específico. Por exemplo, um aluno
pode definir uma meta para melhorar seu desempenho no teste de flexibilidade
(comportamento mensurável específico), em 10% (meta quantitativa específica),
em um mês (período de tempo específico).
2.
As metas
devem ser desafiadoras, mas realistas. Os objetivos devem ser sempre um pouco mais
difíceis do que o nível atual dos alunos. Quando uma meta é alcançada, o
aluno é incentivado a perseguir a próxima meta, um pouco mais difícil.
3.
Deve haver
um compromisso para alcançar os objetivos. A melhor forma de aumentar o comprometimento dos
alunos com seus objetivos é eles próprios estabelecê-los, enquanto o professor
os orienta. Isso aumenta seu senso de responsabilidade por suas
ações. Ao mesmo tempo, os alunos devem comprometer-se com as ações que
irão realizar para atingir o seu objetivo.
Diante da prática mental, os alunos muitas vezes observam
colegas que têm desempenho melhor do que eles em atividades físicas e tentam
copiar seus movimentos. Eles observam os outros alunos como leem e
estudam, dizem mentalmente suas lições, imaginam como responderão a uma pergunta
do professor ou como escreverão na prova. Assim como um aluno pode
resolver um problema mentalmente, sem expressá-lo em palavras, também ele pode
planejar um movimento e seu desenvolvimento, e imaginar seu resultado sem
executá-lo (OLIVEIRA, 2008).
Para que o aluno possa realizar um exercício mentalmente,
ele deve primeiro realizá-lo fisicamente algumas vezes. Após os alunos
terem adquirido uma experiência direta através do ensino da técnica de uma
habilidade motora, o professor pede que respirem, relaxem, fechem os olhos e
imaginem a técnica ideal. Uma imagem mental deve envolver todos os sentidos,
primeiro o sentido da visão. Os alunos devem imaginar as suas imagens tão
vividamente como realmente são, com todas as cores, sons, humores, estados
emocionais ou toques das coisas (NEIRA, 2018).
Os professores de Educação Física que usaram a técnica
de visualização na escola concordam que a visualização combinada com a prática
física, a instrução adequada e o feedback ajudam os alunos a ter um
melhor desempenho e a aprender mais rápido. Essa técnica também pode ser
utilizada nas demais disciplinas. Um aluno pode imaginar mentalmente
realizar uma apresentação impecável de um tópico em aula antes (NEIRA, 2018).
Diante do auto diálogo, a conversa interna são os
pensamentos que tem antes ou durante uma ação ou atividade, ou as respostas que
dão momentaneamente ao lidar com um problema. Muitas vezes fazem perguntas
a nós mesmos e através de um diálogo interno tentam respondê-las. Esse
processo geralmente acontece de forma inconsciente, mas os pensamentos sobre um
problema ou uma pergunta que pretendem responder afetam os sentimentos e, em
seguida, as ações. Os alunos que controlam os seus pensamentos e usam o
diálogo interno corretamente são confiantes, aprendem rapidamente e melhoram
constantemente o seu desempenho não só na EF, mas também noutras disciplinas
escolares (COSTA, 2006).
Um aluno que está aprendendo uma habilidade, como um lance
livre no basquete, pode pensar pouco antes do arremesso: "Não vou fazer
isso bem", ou pensar: "Vou marcar com certeza", ou arremessar
com a técnica errada e dizer: sou um tolo, que erro cometi." Todos
esses são exemplos de conversa interna positiva ou negativa,
respectivamente. Esses pensamentos geralmente surgem espontaneamente, mas
influenciam o comportamento e o aprendizado, entretanto, o diálogo interno
é uma técnica que pode ser praticada e usada de forma positiva (SILINS, 2012).
A conversa interna pode ser usada para aprender
habilidades, focar a atenção, criar o estado de espírito correto e aumentar a
autoconfiança. O professor de Educação Física solicita que os alunos usem
em voz alta ou simplesmente pensem enquanto executam frases ou palavras em
diversas situações ou ações. Por exemplo: A marcação "olhar a
bola" ou "ver o alvo" ajuda os alunos a direcionar sua atenção
de maneira adequada, estar no jogo ou executar com precisão, usar palavras
simples "para frente" ou "rápido" ajuda os alunos a
inclinar o corpo para frente antes de uma braçada ou a se mover rapidamente, usar
palavras como "pode” ou "pode” ajuda os alunos a se sentirem confiantes
(MEDINA, 2010).
Os diálogos que os alunos mantêm consigo mesmos, quando
recebem uma aula teórica em sala de aula, mas também na academia ou no pátio da
escola, podem ser utilizados de forma construtiva. O diálogo interno
positivo, quando desenvolvido pelos alunos, pode ajudá-los a superar a
ansiedade dos exames, concentrar-se melhor nas aulas teóricas e enfrentar
lições ou exercícios "difíceis" com mais confiança, ou superar seus
erros com mais facilidade (COSTA, 2006).
Todas as disciplinas do Programa Analítico de Educação
Física podem ser configuradas de forma adequada ao ensino de competências para
a vida. Se quiser ensinar o estabelecimento de metas, deve começar com
algum teste que fornecerá resultados mensuráveis, depois pedir aos alunos que
estabeleçam metas específicas e se comprometam com elas, e depois que as lições
relevantes forem concluídas, refaça o teste para que os alunos possam verificar
se eles alcançaram seu objetivo. Além disso, todos os objetos podem ser
usados para ensinar habilidades de diálogo interno e visualização (MEDINA,
2010).
2.6 A INFLUÊNCIA DA MÍDIA SOBRE O PROFISSIONAL DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
A vida profissional dos professores mudou
significativamente na última década. As reformas educacionais e a
tecnologia da informação trouxeram novos conhecimentos que desafiaram a
natureza das escolas. Um dos elementos-chave na maioria dessas reformas é
o desenvolvimento profissional dos professores de educação física. Muitos
pesquisadores apontaram que as melhorias na qualidade da instrução dos
professores e na aprendizagem dos alunos são, até certo ponto, dependentes de
melhorias na qualidade da aprendizagem profissional desses professores (BENTO,
2015).
Enquanto isso, as sociedades estão reconhecendo que os
professores não são apenas uma das 'variáveis' que precisam ser alteradas para
melhorar seus sistemas educacionais, mas também os agentes de mudança mais
significativos nessas reformas. Para contribuir com a base de conhecimento de
educadores, formuladores de políticas, formadores de professores e
administradores envolvidos no processo de formação e desenvolvimento de
professores de educação física, numerosos estudos foram realizados sobre o
desenvolvimento profissional dos professores (BENTO, 2015). Enquanto isso,
o desenvolvimento profissional dos professores, Levy (2006, p.31) argumenta
que:
é
influenciado por algumas questões sociais e culturais, incluindo política
distrital, liderança, cultura escolar e técnica de computação. Mais
recentemente, a comunidade profissional ganhou popularidade como uma estratégia
promissora para melhorar a qualidade da formação de atuação desses professores
de educação física.
O ensino superior em educação física e esporte, através das
especificidades do perfil dos futuros graduados, oferece amplas oportunidades
em termos de uso das redes sociais para fins educacionais. Os principais
argumentos que podem ser apresentados em apoio a essa afirmação são que o
treinamento nesse campo requer a assimilação de muitos conhecimentos teóricos,
juntamente com o desenvolvimento de habilidades práticas. Ao mesmo tempo,
o treinamento para interação com diferentes praticantes de exercícios físicos
exige que os futuros profissionais tenham um bom nível de desenvolvimento
emocional e habilidades de comunicação (LEVY, 2006).
Para atender a essas necessidades, as redes sociais
geralmente apoiam o desenvolvimento cognitivo, psicossocial e comunicacional
dos usuários. Estima-se que nesta área deva-se levar em consideração que
cerca de 60% dos jovens usam o Facebook para discutir diferentes tópicos
educacionais, enquanto 50% deles discutem trabalhos de casa (GOKTAS, 2015).
Em estudos anteriores realizados entre estudantes de
Educação Física e Esportes (nível de graduação) em países em desenvolvimento
como o Brasil, destacou-se que é mais provável que eles tenham comportamento
passivo no Facebook, ou seja, lendo as mensagens postadas pelos
professores e os materiais educacionais vinculados as disciplinas que estudam,
bem como suas informações pessoais e públicas. Parece que o ano de estudo
do aluno influencia significativamente a interação educacional por meio dessa
rede social (FALK e KILPATRICK, 2000).
Os alunos do primeiro ano interagem menos do que os colegas
nos anos anteriores. Ao mesmo tempo, os alunos da especialização em
Educação Física e Esporte interagem mais com os professores do que com os
colegas dos programas de Treinamento Esportivo e Gerenciamento de
Esporte. Em relação ao sexo dos alunos, os meninos interagem com mais
frequência com seus professores, não com as meninas. No entanto,
independentemente do local, horário e sexo, os estudantes de educação física e
esporte usam as redes sociais na mesma medida (HALL et al., 2016).
Uma característica forte capitalizada no treinamento é que
os aplicativos de mídia social estimulam o aprendizado pela descoberta. Na
prática, eles mudam o papel da tecnologia moderna de fornecer e processar
informações para a criação efetiva de conteúdo como resultado da interação
social. Além disso, eles influenciam as preferências e criam correntes de
opinião, inclusive em comunidades profissionais (LOUIS e MARKS, 2008).
Além das redes sociais globais (Facebook, Twitter,
YouTube), redes sociais especiais estão sendo cada vez mais abordadas por
especialistas em domínios específicos. Por exemplo, na área médica, são
reconhecidas por seu potencial de informações. Essas redes são usadas
principalmente por especialistas em várias etapas de treinamento em serviço,
mestrado, doutorado, pós-doutorado, cursos de pós-graduação, diferentemente das
redes sociais globais que são mais comumente usadas pelos estudantes de
graduação (SANTOS JÚNIOR, 2020).
Já quanto a atuação desses profissionais, o benefício óbvio
é a defesa de um programa, prática ou currículo e o compartilhamento de
informações de maneira rápida e eficiente com um público amplo. Novas ideias
podem levar outros profissionais a melhorar sua prática. O objetivo final é que
os professores de educação física se tornem melhores, seus currículos mais
fortes, seus programas melhorados e, mais importante, seus alunos mais ativos,
engajados e saudáveis (SILVA, 2016).
O elefante na sala (ou ciberespaço) é o detrimento
da utilização da mídia social na educação física. Com essa coisa incrível
chamada Internet, é muito difícil manter o controle de qualidade em
relação ao que é publicado. Ou seja, assim como em qualquer campo ou área da
vida, a tecnologia fornece uma plataforma para compartilhamento, mas pode ser
usada para o bem ou para o mal (SILVA, 2016).
É essencial que, como profissionais, tornem-se consumidores
educados e "pôsteres” sabedores de informações. Por exemplo, em várias
postagens de vídeo que se visto ultimamente, quase metade dos estudantes estão
esperando nas filas. Obviamente, essa não é uma prática recomendada, mas está
sendo amplamente divulgada. Outros vídeos mostraram professores parados no
centro dos alunos conversando por três ou quatro minutos. Novamente, não é uma
prática recomendada (WARD e DOUTIS, 2016).
Outro tópico relacionado a consumidores educados e pôsteres
diz respeito à pesquisa. Vive-se uma cultura orientada a dados. Dados, dados, e
mais dados. Se uma estratégia não é apoiada por dados, não se deve considerar
usá-la nas escolas. Embora muitos concordem com isso até certo ponto, essa
filosofia levou a muitos "alongamentos" em um esforço para fazer algo
"baseado em evidências". Para esse fim, pode ser incentivado o campo
a analisar criticamente todas as pesquisas, independentemente de quem as
escreveu, em que periódico se encontra ou quais são as conclusões (WARD e
DOUTIS, 2016).
Antes de qualquer coisa, antes de compartilhar uma citação
ou descoberta de pesquisa, não deixar de ir à fonte original e ler o artigo. Se
as partes não forem entendidas, procurar alguém que possa ajudar. Desconfiar de
qualquer fonte que indique algo "prova" qualquer coisa. A pesquisa
fornece evidências, mas raramente prova. Repor fatos e estatísticas é ótimo
quando mostra os benefícios do que a educação física tem a oferecer, mas se
compartilharem informações incorretas ou exageradas, isso poderá prejudicar a
profissão (SILVA, 2016).
Mais importante, as redes sociais online podem
desempenhar um papel único no tratamento da norma descritiva percebida nos
esforços de intervenção, pois permitem e facilitam interações sociais contínuas
com foco no comportamento do alvo. As mudanças dinâmicas de comportamento e
norma descritiva podem impactar ainda mais a atitude dos indivíduos, a norma
injuntiva percebida e o controle do comportamento (GOKTAS, 2015).
Os
últimos anos foram marcados por um crescente interesse nos processos dinâmicos
que direcionam a influência social sobre o comportamento em nível de grupo e
mudanças e consequências de crenças ao longo do tempo. Com base na teoria do
impacto social dinâmico, um indivíduo que ocupa um determinado espaço social
terá maior probabilidade de se adaptar às atitudes, crenças e propensões
comportamentais exibidas pela maioria numérica local do que pela minoria
numérica local ou pessoas menos próximas (BARNET et al., 2001, p.41).
A influência da mídia juntos aos profissionais de educação
física nos níveis locais podem ser informativa, normativa ou ambas. A natureza
auto reforçadora das redes sociais locais tende a perpetuar a existência das
normas quando elas são formadas. Essas previsões foram encontradas nas
primeiras redes eletrônicas experimentais de conformidade de opiniões e em
recentes redes experimentais online para formação de normas e adoção de
comportamentos de saúde (COSTA, 2006).
As sugestões podem ser resumidas com base em experimentos
que compararam efeitos de diferentes estruturas de rede sobre a influência
social (Bento, 2015):
(1) Quanto maior o agrupamento de redes:
indivíduos compartilhando vizinhos sobrepostos e maior a homogeneidade, os
indivíduos são semelhantes entre si nas redes sociais online, mais forte
influência normativa surgirá. Assim, as redes sociais online precisam
garantir que cada indivíduo tenha vizinhos sobrepostos (por exemplo, indivíduos
em uma pequena camarilha de que todos tenham conexões com todos os outros) e as
redes sejam constituídas por indivíduos semelhantes (por exemplo, idade, sexo e
peso corporal); e
(2) Quanto
mais os indivíduos puderem se relacionar e interagir entre si nas redes sociaisonline, mais forte influência normativa surgirá. Dessa forma, as redes
sociais online precisam focar a atenção do indivíduo-alvo nos
comportamentos saudáveis de outras pessoas que os pesquisadores desejam
promover e comunicar continuamente. Como a mudança de comportamento leva tempo,
é possível que os indivíduos observem a mudança de comportamento de outras
pessoas antes de formarem novas percepções normativas.
Assim, tecnologias aprimoradas tornam as redes sociais onlineuma plataforma de intervenção promissora para aumentar a atividade física através
dos profissionais de educação física. Embora os provedores de saúde e
empreendedores tenham tentado usar as redes sociais online para promover
a saúde e a boa forma meta-análises recentes forneceram suporte misto para sua
eficácia. Pouco se sabe sobre ou como essas tecnologias podem ser usadas para
projetar uma solução econômica para estilos de vida sedentários (BENTO, 2015).
2.7 AS INOVAÇÕES EDUCACIONAIS NO CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
Nos últimos anos, num espírito de convergência com uma mudança
de pensamento na educação mais ampla, os órgãos competentes de planeamento
educativo do Brasil avançaram no sentido da modernização do sistema educativo e
da escola para que esta possa responder aos desafios atuais moldados pelos
desenvolvimentos para o crescimento no ensino (científico, tecnológico,
econômico, social) (COSTA, 2006).
Neste contexto, propôs-se a redefinição dos Currículos
escolares com o objetivo de melhorar a formação dos alunos que, como cidadãos
de amanhã, serão capazes de demonstrar os conhecimentos, competências, atitudes
e comportamentos necessários para lidar eficazmente com as exigências da Século
XXI (SOARES, 1992).
Qualquer processo de mudança requer um planeamento
cuidadoso, esforço concertado e tempo, uma vez que se constatou que as
inovações recentemente introduzidas são difíceis de "encontrar o seu ritmo”
dentro do prazo estabelecido pelos decisores políticos educacionais e designers
de inovação. Nas situações em que os professores são convidados a
enfrentar novas questões didáticas, a utilizar novos meios ou mesmo a
implementar novas formas de trabalhar, a geração de preocupações parece ser
esperada e está associada a exibição de sentimentos de incerteza e/ou
resistência devido ao seu possível compromisso com práticas de ensino
experimentadas e familiares (TARDIF, 2011).
Por outro lado, a relação entre preocupações didáticas e
inovações educacionais é apresentada como bidirecional, no caso de tais
preocupações serem uma expressão de uma percebida falta de capacidade para
novos empreendimentos. Isto pode ser atribuído à correlação negativa encontrada
entre a manifestação de preocupações e as crenças de autoeficácia dos
professores (SANTOS JUNIOR, 2007).
O conceito de ansiedades docentes (TAs) e o quadro teórico
relacionado surgiram através do trabalho de pesquisa de Fuller com estudantes
de educação na década de 1960. No trabalho de Fuller (1969), as TAs são
definidas como medos percebidos, ansiedades e preocupações dos professores como
resultado de sua interação com o ambiente profissional. Mais especificamente,
os professores quando confrontados com a docência tendem, numa fase inicial, a
preocupar-se principalmente com a sua sobrevivência e não tanto com as
exigências suscitadas pelas condições específicas.
Somente quando essas preocupações iniciais são abordadas,
aparecem as preocupações com a tarefa docente e, posteriormente, com o
atendimento às necessidades de cada aluno. Ou seja, o investigador apoiou, por
um lado, a manifestação de preocupações comuns em cada fase distinta e, por
outro lado, a transição evolutivamente sucessiva de uma fase para a seguinte (COSTA,
2006).
Fuller (1969 apud Costa, 2006) destacou que durante sua
carreira profissional, os professores podem vivenciar simultaneamente
preocupações que são classificadas em diferentes estágios. Segundo ela, esse
fato não deve causar confusão, uma vez que os que aparecem como definidores de
uma determinada etapa são considerados dominantes em relação aos
correspondentes a outra. A experiência docente de cada professor parece
desempenhar um papel importante neste domínio.
No entanto, apesar de compreender a importância da
experiência docente na sucessão evolutiva, sublinhou que a transição de uma
fase para a seguinte não pode ser feita de forma automática, pois na prática
são necessárias intervenções devidamente organizadas que respondam às
preocupações dadas e necessidades dos sujeitos específicos de cada vez.
O desenvolvimento linear dos dominantes não foi apoiado
pelos resultados de pesquisas relacionadas, segundo as quais os educadores
mostraram preocupações comuns independentemente da experiência docente. A este
respeito, apontou a influência potencial de outros dados demográficos de
professores na variação das preocupações expressas. Entre eles, o género parece
influenciar os tipos e a intensidade (SOARES, 1992).
A diversidade com que se manifesta também se reflete nos
resultados de pesquisas em diferentes países. Neste caso, a diversidade
observada está ligada às características especiais do sistema educativo e à
diferente orientação dos Programas de Estudos de cada país adaptaram o
questionário de EF dos professores à realidade educacional brasileira (SILVA,
2016).
A análise fatorial não confirmou o modelo de três fatores
de desenvolvimento, pois revelou dois fatores que os pesquisadores
identificaram como direta e indireta. Segundo os pesquisadores, as imediatas
referem-se às preocupações dos professores sobre questões imediatas do ensino
da aula, como relacionamento com os alunos, avaliação dos alunos, competência
do professor, manutenção do interesse e motivação dos alunos, desenvolvimento
emocional e social dos alunos, controle da sala de aula, capacidade do professor
para planear e implementar um programa de EF, respondendo às necessidades dos
alunos com necessidades especiais. Por outro lado, as indiretas estão ligadas a
questões de avaliação do ensino, aceitação pelos colegas e disponibilidade dos
meios necessários para a ministração do curso de EF (SILVA, 2016).
Embora a formação em serviço represente a abordagem
habitual ao desenvolvimento profissional dos professores e à promoção de
inovações educativas, os resultados da investigação salientam consistentemente
que um número significativo de professores não valoriza abordagens tradicionais
e muitas vezes pontuais à sua formação. Esta conclusão exige um reexame dos
pressupostos e práticas dominantes, uma vez que as experiências educativas
oferecidas tendem a ignorar a personalidade e a experiência dos professores e
normalmente tratam a sua aprendizagem como um processo passivo e estático (COSTA,
2006).
Além disso, as abordagens tradicionais de formação de
tamanho único são concebidas sem ter em conta as preocupações dos professores e
o que os próprios consideram importante e necessário no exercício do seu
trabalho docente. No domínio da Educação Física, a investigação confirmou que
os seus professores necessitam de programas de formação especializados, uma vez
que manifestam preocupações particulares que estão intimamente relacionadas com
a natureza particular da sua disciplina de ensino (COSTA, 2006).
Compreender as suas necessidades específicas e os fatores
que influenciam o seu trabalho é uma condição necessária para proporcionar
experiências significativas de aprendizagem em serviço. Reconhece-se, portanto,
que os programas de formação não devem ser concebidos e oferecidos como
produtos produzidos em massa, mas devem responder às preocupações dos
professores em cada fase da sua carreira profissional (SANTOS JUNIOR, 2007).
No novo ensino, o professor de EF é reconhecido como
protagonista central, pois é chamado a transformar um "plano no papel” numa
prática docente e a organizar experiências de aprendizagem significativas para
os alunos. Do exposto, torna-se óbvio que até que ponto os novos métodos
funcionarão como programas abertos e flexíveis depende muito de quão bem
estarão preparados os professores chamados a implementá-los. Enfatiza-se que é
difícil alcançar uma atualização substancial da educação se esta não exigir e
não for acompanhada por uma atualização correspondente na educação e formação
de professores (COSTA, 2006).
Os estudos que permitem aos professores expressar as suas
preocupações sobre a implementação de um novo sistema ajudam-nos a desenvolver
um sentido de compromisso pessoal e de propriedade. Portanto, destacar as
preocupações dos professores é um fator-chave para fornecer um apoio
devidamente centrado aos envolvidos (VITKOVÁ, 2013).
Tais ações educativas podem capacitar os professores a
acreditar na necessidade e no valor da inovação promovida, a sentir que podem
geri-la e a transferir fielmente as orientações dos Guias de Estudo para
condições reais de sala de aula. De um modo geral, a análise das preocupações
docentes é considerada necessária para o desenvolvimento profissional e a
capacitação dos professores através do fornecimento de feedback, da
promoção da colaboração profissional e da conceção de atividades educativas
específicas (VITKOVÁ, 2013).
2.8 FATOR DE DIFICULDADES NA ÁREA DE EF
A implementação eficaz, tranquila e segura das disciplinas
de Educação Física é grandemente influenciada pelo ambiente escolar, bem como
pelas instalações físicas adequadas. No entanto, a falta de instalações
físicas e de equipamentos desportivos continua a ser um desafio para a
implementação da Educação Física nas escolas até à data (OLIVEIRA, 2008).
Um estudo realizado por constatou que a falta de
instalações e quadras esportivas são os principais obstáculos à implementação
da Educação Física nas escolas. Além disso, a falta de equipamentos também
ocorre porque eles não são devolvidos após serem emprestados pelos alunos (OLIVEIRA,
2008).
O domínio ideal de uma habilidade ensinada por um professor
também depende da acessibilidade das instalações físicas e do número de
equipamentos. Uma quantidade adequada de equipamentos é importante para
que cada aluno possa utilizá-los individualmente, sem esperar em longas filas
para praticar uma habilidade ensinada pelo professor. Os alunos que
dominam uma habilidade com sucesso ficarão mais motivados para praticar as
habilidades que aprenderam e despertarão entusiasmo (WARD
e DOUTIS, 2016).
No entanto, estudos anteriores descobriram que as escolas
ainda enfrentam problemas na obtenção de campos e tribunais grandes e seguros
para utilizar. Um estudo de Silva (2016) disse que o Conselho de
Inspetores e Garantia de Qualidade realizou um monitoramento das escolas
secundárias. Este método de monitoramento utilizou instrumentos de análise
documental, observações e entrevistas para obtenção de informações de
pesquisa.
Os resultados da monitorização, do desempenho e da
aprendizagem dos professores são fracos. Todas as aulas de Educação Física
eram ministradas em campos e playgrounds, como quadras de vôlei. Essa
situação mostra que a escola só pode disponibilizar quadras de vôlei. Isso
indica que existem facilidades para implementar o ensino da Educação Física (WARD
e DOUTIS, 2016).
Os gestores escolares desempenham um papel muito importante
em relação aos rumos da implementação da Educação Física nas escolas. Os
administradores escolares que apoiam a implementação desta disciplina prestarão
a devida atenção ao aspecto da distribuição de recursos dos professores que
ensinam esta disciplina de acordo com qualificações e opções (SILINS, 2012).
Além disso, os administradores que se preocupam com a
implementação das disciplinas de Educação Física distribuirão e utilizarão as
dotações financeiras em conformidade para a compra e manutenção de instalações
físicas, planearão programas de desenvolvimento de pessoal para disciplinas de
Educação Física no calendário escolar, monitorizarão o ensino dos professores e
fornecerão feedback construtivo aos melhorar a qualidade das disciplinas
de Educação Física (SILINS, 2012).
Porém, há também gestores escolares que ainda dão menos
ênfase à implementação e ao acompanhamento das disciplinas de Educação Física
por serem consideradas de menor importância e não serem testadas em
exames. O cenário está de acordo com os resultados de um estudo de
Bolarinwa (2020) que constatou que os administradores escolares estão mais
preocupados com outras disciplinas centrais do que as disciplinas de Educação
Física e menos preocupados quando tomam medidas corretivas sobre os problemas
dos professores na implementação do processo de ensino, embora a supervisão foi
realizada.
Na verdade, a situação torna-se mais crítica porque existem
algumas escolas que instruem professores não treinados na área de Educação
Física a ensinar a disciplina apenas para cobrir o tempo total de ensino dos
professores numa semana.
Um estudo
afirmou que os administradores americanos não organizavam ("nunca”, "raramente”
e "ocasionalmente”) cursos internos ou programas de formação de pessoal (WARD e
DOUTIS, 2016).
Ao examinar a percepção de 1.388 professores secundários
não especializados em EF, também revelou que quase 86% ("nunca”, "raramente” e
"ocasionalmente”) dos administradores não atribuíam aulas de Educação Física
com base na qualificação dos professores, e 79% dos administradores não
designou professores com base no seu interesse pela Educação Física. Além
disso, quase 19% (respostas como 'frequentemente' e 'sempre') dos entrevistados
perceberam que as aulas de Educação Física lhes eram ministradas para cumprir o
número de períodos letivos exigidos (WARD e DOUTIS, 2016).
Os constrangimentos à implementação da Educação Física
ocorrem devido à atitude dos pais que se preocupam mais com outras disciplinas
testadas em concursos públicos. Por exemplo, num estudo realizado por
Bolarinwa (2020), muitos pais acreditavam que envolver os seus filhos em
atividades desportivas era uma perda de tempo e tinha consequências negativas
para o seu progresso académico. Essa inconsistência impede muitos pais e
até mesmo administradores escolares de incentivarem seus filhos a participarem
de atividades físicas na Educação Física (NEIRA, 2018).
Além disso, muitos professores rejeitam os desportos porque
interferem no trabalho académico dos alunos. Na verdade, alguns pais
escolhem e enviam os seus filhos para escolas privadas que não oferecem
disciplinas de Educação Física. Os pais também consideram que a disciplina de
Educação Física não é importante porque não é testada no exame de concursos
públicos (NEIRA, 2018).
Esta situação faz com que os pais estejam menos conscientes dos resultados do ensino dos professores em sala de aula, ao contrário de outras disciplinas de concurso público. São essas opiniões superficiais dos pais que influenciam e diminuem a motivação dos filhos para frequentarem seriamente as aulas de Educação Física. A maioria dos pais também pensa que a disciplina de Educação Física não garante o futuro dos seus filhos e pensa que a Educação Física é uma disciplina apenas para brincar e tomar sol no meio do campo. Esta situação mostra claramente que a atitude dos pais está ainda mais preocupada com a excelência académica do que com o domínio de determinadas competências e aptidão dos alunos através da Educação Física (WARD e DOUTIS, 2016).
3. RECOMENDAÇÃO PARA SUPERAR OS DESAFIOS
Os professores devem ter o conhecimento e as habilidades
para produzir métodos de ensino eficazes e ser capazes de organizar programas
que atendam às necessidades dos alunos. Além disso, os educadores devem
estar preparados para realizar uma revolução na aprendizagem que possa mudar a
forma como os alunos formam e desenvolvem o conhecimento, especialmente em
termos de interesse e domínio de uma habilidade).
Portanto, para lidar com todas as frequentes mudanças de
currículo, os professores devem ter paixão pela aprendizagem contínua e estar
sempre dispostos a frequentar cursos em serviço para melhorar ainda mais as
competências pedagógicas e a entrega de conteúdo (WARD e DOUTIS, 2016).
Existem várias abordagens que podem ser implementadas para
melhorar a eficácia do ensino e da aprendizagem da Educação Física. Entre
elas está uma sessão de ensino com professores pares, coaching entre
pares. Este método envolve novos professores que ensinarão sob a
observação de um treinador composto por professores especialistas, professores
excelentes ou professores experientes e vice-versa (NEIRA, 2018).
Depois de ambas as partes realizarem a sessão de ensino,
sessões de feedback, reflexão e discussão sobre o processo de entrega do
ensino, através deste coaching entre pares, ambas as partes poderão dar feedbackdireto. Além disso, podem ser integrados processos de demonstração no
ensino, sistemas de apoio entre pares, parcerias inteligentes entre as
comunidades escolares com a comunidade fora da escola e ensino colaborativo
(CANDAU, 2011).
Os novos professores que lecionam Educação Física também
podem utilizar o método de estudo de aula, que é um dos métodos de
implementação de atividades de ensino e preparação de forma colaborativa entre
professores de Educação Física. Eles precisam sentar-se juntos para
discutir questões e planejar atividades a serem realizadas para encontrar
soluções antes de implementar uma atividade de ensino e aprendizagem). A
sessão de ensino será conduzida por um dos professores enquanto o outro
professor atua como facilitador. Este método pode aumentar a motivação e a
confiança de novos professores ou professores não optantes que ensinam Educação
Física (CANDAU, 2011).
Professores não optativos, que muitas vezes sentem que não
estão qualificados e não têm confiança para ministrar disciplinas de Educação
Física, ainda podem aprimorar seus conhecimentos participando de cursos de
desenvolvimento profissional, seminários e workshops de acordo com suas
necessidades. Assim, a disponibilidade dos professores para aceitar novas
experiências através de cursos de formação pode aumentar a sua autoconfiança,
autoeficácia e, subsequentemente, a excelência do seu profissionalismo (WARD e
DOUTIS, 2016).
Na condução das atividades de ensino de Educação Física, os
professores precisam se aproximar e proporcionar oportunidades iguais a todos
os alunos. Este método pode despertar o interesse subsequente de diversão
contínua nos alunos para tornar o processo de ensino mais eficaz. Os
alunos se divertirão quando conseguirem dominar por conta própria todas as
habilidades aprendidas por meio de métodos centrados no aluno, e as atividades
são um avanço gradativo. Abordagens relacionadas a jogos onlinepodem ser implementadas para atrair o interesse dos estudantes hoje em dia
(GOKTAS, 2015).
Para superar os desafios das disciplinas de Educação Física
menos populares, enfadonhas e cansativas, os professores precisam explicar
claramente os objetivos de uma aula, dominar bem o conteúdo e ser capazes de
ministra-lo de forma eficaz. O processo de ensino precisa ser
diversificado com atividades mais criativas para envolver os alunos. Além
disso, os professores de Educação Física também precisam interagir regularmente
com os alunos durante a implementação do processo de ensino e aprendizagem. O
processo de interação permitirá aos professores adquirir conhecimentos,
melhorar habilidades e competências, por sua vez, a eficácia do seu ensino (WARD
e DOUTIS, 2016).
A escola também precisa criar uma camisa de Educação Física
mais atraente e confeccionada com material absorvente de suor. Os alunos
sempre ficam atraídos e entusiasmados em usar a camisa no dia e horário das
aulas de Educação Física. Os professores de Educação Física devem
incentivar os alunos a continuarem os exercícios mesmo quando o tempo está
quente, e que as escolas devem fornecer um vestiário e um pequeno armário para
os alunos para que eles podem facilmente trocar de roupa (BARNETT, 2001).
As restrições enfrentadas pelas escolas, como áreas de
campo pequenas e estreitas e a falta de parques infantis, podem ser superadas
compartilhando o campo com escolas próximas ou renovando o espaço aberto para
quadras poliesportivas para serem utilizadas para outros jogos que também podem
ser usados durante a Educação Física (sessões de ensino). As escolas
também precisam de angariar fundos de forma proativa e solicitar contribuições
através da Associação de Pais e Professores e Órgãos Corporativos para ajudar a
contribuir para a compra de novos equipamentos desportivos, bem como para a
manutenção de instalações desportivas obsoletas (BARNETT, 2001).
Os registros de inventário de compra de equipamentos e uso
de equipamentos esportivos, bem como de instalações de Educação Física,
precisam ser sistematicamente gerenciados, atualizados e monitorados
constantemente para evitar roubo ou perda de equipamentos que não sejam
devolvidos após o uso. O horário das aulas de Educação Física, a
utilização de instalações como campos e playgrounds também deve ser
cuidadosamente planejada para evitar conflitos de uso para fins de ensino de
Educação Física e também de treinamento esportivo ou atividades
extracurriculares, especialmente para escolas que funcionam em dois turnos e
tem um grande número de alunos (WARD e DOUTIS, 2016).
A escola também precisa monitorar o estado físico dos
equipamentos e instalações esportivas para que estejam sempre em condições
seguras para evitar lesões e reduzir o risco de acidentes entre os alunos
durante sua utilização. Ações imediatas de reparo e melhoria devem ser
tomadas se as instalações, quadras, campos e equipamentos estiverem danificados
ou não forem mais seguros para uso. Isso porque fatores ambientais bons e
construtivos podem atrair os alunos a continuarem ativamente envolvidos no
ensino da Educação Física (AYOUB, 2011).
A implementação do ensino de Educação Física e a maior
parte do conteúdo e das habilidades ensinadas para um jogo devem ser
implementadas em campos e quadras abertas para expor os alunos a situações
reais de jogo. No entanto, as condições da quadra e das áreas estreitas
limitarão o movimento, bem como alterarão a liberdade de professores e alunos
para realizar atividades lúdicas (AYOUB, 2011).
Os administradores escolares precisam mostrar seriedade e
total comprometimento para apoiar a implementação abrangente da Educação Física
nas escolas, enfatizando o monitoramento do ensino dos professores, obtendo feedbacke divulgando a importância das disciplinas de Educação Física para todos os
escolares. Os administradores também devem garantir que as disposições
relativas às disciplinas de Educação Física sejam integralmente utilizadas sem
negligência (WARD e DOUTIS, 2016).
Como administrador escolar, o diretor precisa discutir com
o Chefe do comitê da disciplina de Educação Física antes de gastar a Alocação
de Assistência Subvencionada Per Capita (PCG), garantindo que ela seja usada
integralmente apenas para a compra de equipamentos de Educação Física. A
conclusão afirma que os administradores escolares devem priorizar e alocar o
orçamento de forma justa para superar os recursos inadequados das aulas de
Educação Física (BRACHT, 2000).
Além disso, os administradores devem utilizar o consenso
para atribuir aulas de Educação Física e fornecer cursos internos organizados
adequados ou programas de formação de pessoal para garantir um ensino de
qualidade nas escolas. Os administradores escolares também precisam
garantir que os professores de Educação Física dominem os aspectos de avaliação
e avaliação dos alunos para garantir alta validade e confiabilidade para cada
nota dada aos alunos. Os professores de opções de Educação Física com
vasta experiência também devem ser incentivados a partilhar conhecimentos
através de cursos internos ou formação de pessoal nas escolas ou através de
sessões de partilha de melhores práticas (BRACHT, 2000).
Os administradores escolares também precisam distribuir a
tarefa de ensinar Educação Física com base nas opções, na experiência e no
interesse dos professores na disciplina, para que possam trazer os resultados
de aprendizagem desejados, num esforço para atrair alunos e dar confiança aos
pais sobre a importância e o impacto. de ensinar Educação Física aos seus
filhos, a fim de incentivar os alunos a participarem em atividades de Educação
Física e a manterem um estilo de vida ativo ao longo da vida (WARD e DOUTIS,
2016).
A percepção negativa dos pais de que as disciplinas de
Educação Física são apenas uma perda de tempo e não garantem que os
administradores escolares possam corrigir o futuro, fornecendo informações
sobre a importância da implementação das disciplinas de Educação Física através
da distribuição de cartazes, panfletos e explicações detalhadas durante as
sessões de consulta aos pais (GUARNIERI, 2005).
Embora a Educação Física não garanta diretamente o futuro,
ela pode gerar confiança nos alunos, ser um meio para formar alunos saudáveis
e ativos e fornecer elementos que os alunos possam utilizar. A Educação
Física também é uma disciplina que pode motivar os alunos a frequentarem a
escola. Nesse caso, os pais precisam pensar positivamente e sempre apoiar
os filhos na frequência das aulas de Educação Física, pois isso pode ajudar os
alunos a se revigorarem física e mentalmente em sala de aula (AYOUB, 2011).
Para superar a percepção negativa dos pais sobre a Educação
Física não ser uma disciplina de concurso público, as escolas precisam
disseminar informações, e a importância do envolvimento ativo dos alunos na
Educação Física será registrada no mais recente Sistema de Avaliação Baseada na
Escola, como o Avaliação de Atividade Física Esportiva e Co currículo na
avaliação central, avaliação das atividades implementadas duas vezes por ano e
avaliação obrigatória de notas de 10% do envolvimento do aluno em atividades
co-curriculares para admissão em Institutos Públicos de Ensino superior.
Cada aspecto desta avaliação precisa ser explicado em profundidade a todos os pais para aumentar a sua consciência sobre a importância da implementação de disciplinas de Educação Física, em vez do número de A obtidos apenas pelas crianças e jovens (WARD e DOUTIS, 2016).
Para formar alunos equilibrados em
termos físicos, emocionais, espirituais e intelectuais e de personalidade, a disciplina
de Educação Física não deve ser negligenciada. Além disso, a criatividade e a
diversidade nos métodos de ensino poderão motivar os alunos a continuarem a se
esforçar para dominar uma habilidade ensinada. Portanto, os administradores
escolares precisam ter uma visão e missão claras para colocar a importância da
implementação eficaz e abrangente das disciplinas de Educação Física nas
escolas.
Para manter o prazer e o envolvimento
geral dos alunos nas atividades de Educação Física, fatores estruturais como o
acesso a instalações desportivas adequadas, condições de campo espaçosas e
seguras, informação facilmente disponível e redução do congestionamento de
equipamentos devem ser tidos em conta e abordados imediatamente pela escola.
Além disso, os pais também precisam
mudar as percepções negativas sobre a importância da implementação de
disciplinas de Educação Física, sempre fornecer apoio e incentivo às crianças
para frequentarem aulas de Educação Física e servir de modelo para elas,
envolvendo-as nas atividades de lazer e esportes. nos momentos de lazer.
Concluindo, a educação física desempenha
um papel importante na educação e melhoria dos aspectos psicomotores, afetivos
e cognitivos dos alunos. No entanto, isso não será facilmente alcançado se
ainda existirem restrições à implementação de um ensino e aprendizagem eficazes
da educação física nas escolas que não possam ser superadas. Portanto, todas as
partes, tais como administradores escolares, professores e pais, precisam de
compreender claramente o mecanismo de desafio discutido para garantir que os
alunos estejam mais motivados para se envolverem na implementação de atividades
físicas e físicas e depois adoptarem um estilo de vida saudável ao longo da
vida.
Esperançosamente, a importância, os
desafios de implementação e as recomendações apresentadas neste documento
conceptual podem fornecer uma imagem abrangente aos decisores políticos sobre a
questão da implementação da Educação Física nas escolas secundárias e depois
ter em conta todos estes fatores para melhorar ainda mais a eficácia da sua
implementação em nível escolar.
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